domingo, 17 de julho de 2016

TMJ#95 - Reinado dos jovens: Críticas


Oi, gente. Sim, eu sei que estou atrasada. É que andei meio que ocupada com algumas coisas. Mas é claro que não podia deixar de fazer a crítica, né?

Bem... eu gostei da história, não nego. Mas não achei que foi assim algo excepcional. Foi apenas boa, na minha opinião. E confesso que me identifiquei um bocado com a Mônica porque tenho sono pesado. Se ninguém me acordar ou não tiver despertador, eu não acordo.

Mas uma coisa que eu realmente achei muito legal nessa história foi mostrar praticamente todos os personagens da turma, mesmo que fosse num quadrinho só (tipo a ed. passada, onde tiveram mais participações também). Eu gosto porque anima mais a história, dá mais dinamismo, algo assim. Até a Nadine apareceu, apesar de ter sido apenas chamada de ex-rolo do Cebola (rachei de rir nessa parte).

Confesso que eu esperava ver os jovens reclamando dos adultos, aproveitando a ausência deles para cair na farra e só depois fazendo algo para resolver. Então me surpreendi com a maturidade da maioria deles que decidiram ir tocando as coisas da melhor maneira possível ao invés de querer abusar.

Eu gostei da participação da Denise, que não foi reduzida a somente uma fofoqueira de cabeça oca. Ela teve um papel importante, mas souberam manter a personalidade alegre e extrovertida dela. Aquele jeito de fofoqueira que a gente conhece.

Boa parte da revista é ocupada com os jovens tomando conta da cidade e tentando investigar o mistério. O desenvolvimento da história foi bom a meu ver. Teve um ritmo legal.

Quando aquele pessoal com roupa de proteção chegou e cercaram a cidade, deu aquele clima de filme de grandes epidemias, onde as pessoas ficavam em quarentena.

Ah, claro, teve a briga da Mônica com o Cebola para decidir o que eles iam ou não fazer. Sério, gente. Eu tinha esquecido o quanto detestava essas brigas e digo com certeza que não senti falta nenhuma delas. Acho que tive tanto disso por tantos anos que simplesmente enjoei.

E sei lá, não me pareceu uma briga para saber quem mandava ou não na rua. A Mônica só estava de boa tentando fazer algo. O Cebola é que foi atrás dela para saber o que ela estava fazendo. Em momento algum ela tentou obrigar ninguém a fazer nada. Por isso achei meio chato o Cebola colocar nela a culpa pelo pessoal ter se dispersado. Ora, ele também discutiu, também foi teimoso e também não quis ouvir o lado dela. Logo, ele foi tão culpado quanto ela, sem tirar nem por. Mas claro que ele tem sempre que jogar toda a culpa nas costas dela, né?

Claro que depois eles fizeram as pazes e ficaram de boa (Deja vu). Mas sei lá, preferia que ficassem separados. É por essa mesma razão que eu não quero que falem da volta deles, porque sei que vai ter muitas dessas brigas chatas e enjoativas.

Continuando, eu meio que senti falta de ver ao menos uma parte dos jovens tentando tirar proveito da situação. Sei que o espaço é limitado, mas seria legal se essa parte também fosse mais explorada. E é claro que o chefe dos baderneiros tinha que ser o Toni, né? Meldels... o sujeito não emenda nunca? E ainda cismou que ia virar o rei do novo mundo? Sei lá, foi meio sem noção considerando que a Denise já tinha falado que as pessoas fora da cidade não estavam transformando em pedra. Como ele pretendia derrubar governos e exércitos? Puxando a cueca de todo mundo?

E teve outro furinho também: o shopping não era um ponto assim tão estratégico. Tudo bem que tem muita coisa lá, mas será que só ali tinha supermercado, farmácia, lojas, etc? Tá, tá, eu sei que é só uma história e por isso não podemos nos prender tanto a esses detalhes. Só achei que eles não precisavam ter se preocupado com o Toni e o bando dele lá dentro.

Também achei um tanto boba a preocupação da Mônica em arrombar a porta. Pensando bem, é até fácil falar assim de barriga cheia, mas aposto que se a coisa apertasse, todo mundo ia querer invadir o shopping e dar um jeito neles. Aliás, será que em momento algum o Toni pensou nisso? Não pensou que eles eram minoria e que poderiam ser subjugados facilmente?

Outro detalhe é que achei estranho a Mônica ter ficado em dúvida se podia ou não derrubar aquela porta blindada. Gente, ela já pegou caminhão no laço (ed. 80), levantou um peso enorme que devia pesar mais de duzentos ou trezentos quilos (ed. 81), já arrancou uma porta super pesada da nave do Franja (ed. 65). Sem falar que suporta raios de Alivulpex e disparo de armas laser espaciais. Sei lá, acho que ela deveria ter sido capaz de arrancar aquela porta se quisesse.

Mas ainda assim a solução que o Cebola deu ao problema foi muito boa. Fez o Toni desistir “magicamente” da ideia de querer dominar o mundo.

Também foi legal o DC, justamente ele, ter conseguido descobrir a resposta para o mistério das pessoas petrificadas. Claro, só alguém como ele para querer visitar museus a semana inteira. Pelo menos ajudou a resolver o estranho enigma.

Confesso que fiquei assim um tantinho decepcionada porque esperava o pessoal, sei lá, indo a alguma ruína antiga, gruta, caverna ou nos esgotos do bairro para procurar esses monstros. Por esperar isso, fiquei assim meio uó quando vi que na verdade elas eram desenhos de alguma tapeçaria antiga. Por outro lado, até que gostei de terem saído do lugar comum com a ideia de que no fim das contas, as górgonas não eram tão más assim e estavam tentando fazer algo de bom para a humanidade ainda que de jeito errado.

Eu preferia ter visto a Mônica usar arco e flecha para combater monstros de verdade, não para colocar fogo em tapetes. Mas tranquilo, a história precisava de um final e acho que foi bom ter saído um pouco do previsível.

Só fiquei com penas das górgonas porque no fim não eram realmente más. Sei lá, fiquei até esperando que a turma tentasse apagar o fogo do tapete para que elas não morressem. No final, a história tinha tipo uma moral, uma lição para que as pessoas cuidassem melhor do planeta e da importância dos jovens para o futuro. A conclusão foi boa.

Um ponto positivo foi a pequena costura entre as ed. 94 e 95 através da conversa da Mônica e do DC sobre o que aconteceu no outro dia. Achei muito bom porque deu aquela ideia de linearidade, de saber que só se passaram alguns dias entre uma história e outra. Também foi legal ver a Mônica e o Cebola se entendendo mais um pouco e mesmo assim o DC não pareceu ter ficado com ciúmes ou preocupado. Acho que foi para não mexer no triângulo e atrapalhar histórias futuras. Sem falar que a participação dele também foi boa apesar de no inicio ter ficado assim meio apagadinho. Mas no final ele compensou isso ajudando a resolver o mistério e até trazendo o espelho para que a Mônica pudesse acertar o tapete em segurança.

Uma coisa que eu não posso deixar de mencionar e que vem confundindo os leitores é a questão da idade da turma. Afinal, quantos anos eles tem? Foi uma boa sacada ter feito com que o encantamento só funcionasse com os maiores de quinze anos, assim esclareceu para todo mundo sobre a idade da turma.

E o Mauricio falou também que a idade deles será sempre quinze anos, igual nos gibis onde eles sempre tem 7. Mas confesso que acho assim um tanto estranho. Nos gibis ainda vá lá, mas agora, na versão jovem, ficou esquisito. Especialmente depois das edições do Emerson onde o tempo passou de verdade (um ano entre a ed. 52 e 63 e mais um ano entre a 63 e 74). Tipo assim, foi mostrado que se passaram pelo menos dois anos e eles ainda continuam com 15? Esquisito, não? Mas tranquilo, a gente deixa quieto que é melhor.

E pensando bem, seria muito mais estranho se eles envelhecessem porque daqui a pouco já estaria na hora de entrar na faculdade e tudo, então o melhor mesmo é que tenham sempre quinze anos apesar de isso limitar um pouco porque não vamos ter edições de natal e pelo visto não vamos ter mais edições de aniversário porque isso significa fazer com que um deles complete dezesseis. O mais engraçado é que de acordo com a edição, o Toni vai fazer dezesseis em 6 semanas. Só que essas seis semanas nunca vão passar, entendem? Afinal, ele vai ter quinze para sempre. Estranho, não?

Para mais opiniões, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:


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