domingo, 29 de novembro de 2015

CBM#26: Zona de Contágio Parte 2 - Críticas

19:25 2 Comentários


Hora da crítica! Sim, eu sei que estou atrasada. Mas tem hora que me bate aquele bloqueio para escrever e aí não tem jeito. Vamos ver se consigo soltar alguma coisa desta ed. que foi excelente a meu ver. Eu pensei que fosse difícil outra história no mesmo nível que a aventura no pantanal e fico feliz que tenham conseguido outra tão boa quanto. Oficial: as histórias da CBM ficam melhores quando divididas em sagas.

Esta história foi a continuação da anterior. Chico e Sofia andavam pela cidade a procura da Rosinha e fugindo dos zumbis. Foi algo meio The Walking Dead, mas sem pessoas sendo devoradas vivas pelos zumbis, que nessa história são chamados de infectados porque não estavam mortos. Houve também uma pitadinha de Guerra Mundial Z, que eu gostei bastante.

Eu particularmente adorei a história, sério. Realmente gostei. Teve drama, mistério, foi bem tenso quando a Rosinha foi infectada e mais tenso ainda quando Chico a viu naquela situação.

A relação do Chico com a Sofia começou meio conturbada, mas foi melhorando e se fortalecendo ao longo do caminho, apesar de algumas discussões aqui e ali entre eles. Uma das maiores razões é o jeito muito certinho dele, com o qual ela implicou. Mesmo em situações extremas, ele não perdia aquela pose de bom moço.
Uma surpresa para mim foi terem desenhado vários roteiristas da TMJ vivendo o papel de bandidos, ou baderneiros. Teve o Emerson, Flávio, Petra, Cassaro e Wagner. Sério, eu não reconheci nenhum quando vi na primeira vez. Nem o Emerson que estava super na cara com a barbicha, bigode e chapéu. Sim, essa minha eterna mania de olhar mais os balões que as imagens. E nessa história eles foram bem cruéis, mas gostei assim. Tempos de crise podem despertar o melhor nas pessoas e o pior também. E como não tem polícia, nem lei, tem gente que pode ficar até pior que os zumbis (no caso, os infectados).

Desta vez os bandidos também não a viram e aí comecei a ficar desconfiada de que ela fosse mesmo um fantasma.   

Parece que nesta história o roteirista quis criticar um pouco o jeito de eterno bonzinho do Chico. Na discussão dele com a Sofia por ter espiado a mochila dela isso é mostrado quando por causa de algo bobo ele ficou muito chateado, sofrendo por antecipação.

Um momento que para mim foi de bastante tensão foi quando o Chico viu o funcionário da Savert dentro da lanchonete e entrou para tirar as chaves dele. Depois de um tempo ele saiu com uma expressão muito séria, calado e pouco disposto a falar. O que será que aconteceu de verdade? Muita gente deve ter ficado na dúvida, certo? Será que ele matou o funcionário ou conseguiu tirar as chaves dele sem machucá-lo? Parece que o roteirista decidiu deixar essa parte para a nossa interpretação, então acho que no momento não há resposta certa.

Por um lado, o Chico parecia muito aborrecido, sério demais. E este episódio aconteceu logo depois de ele ter sido criticado por sua postura muito certinha. Talvez, num momento de desespero, ele tenha mesmo matado o sujeito. E se matou? Será que acabou aí ou isto vai voltar para assombrá-lo no futuro?

Porém... ele falou que não fez isto. Ele pode ter sido meio mentiroso na infância, mas acredito que tenha se tornado mais sincero depois de adulto.

Enquanto Chico e Sofia tentam sobreviver, o resto da turma estava no centro de pesquisa tentando ajudar a encontrar a cura, o que não estava nada fácil. Nessa parte nós tivemos mais informações sobre os infectados e as explicações foram boas: conseguiram ser “científicas” sem serem chatas. Eu não sei que tipo de maluco iria criar algo para deixar soldados mais agressivos, sem compaixão e loucos por sangue, mas não ficaria surpresa se existisse uma pesquisa assim na vida real. Aos poucos o mistério foi descortinando, apesar de o pesquisador parecer esconder alguma coisa.

Eu achei muita graça quando o Zé e o Bombeta foram buscar o material necessário. Eles deram um ótimo alívio cômico para a história e acho que deveriam atuar mais juntos futuramente porque ficaram hilários. Sério, eu rachei de rir quando o Zé tentou imitar um zumbi por causa da cara que ele fez. E talvez o disfarce tivesse funcionado se o Bombeta não estragasse tudo. Essa passagem até lembrou um pouco o TWD, quando Rick e Glen se disfarçaram de zumbis, só que nesse caso eles tomaram banho de sangue e se enrolaram com tripas. Funcionou por um tempo, mas aí choveu e estragou tudo.

Voltando a história, ainda havia um mistério sobre o tal paciente zero, já que o doutor só tinha revelado sobre um deles. Então vem o entrelaçamento de eventos que ficou lindo e muito bem feito. No exato momento em que o doutor ia mostrar ao pessoal quem estava por detrás de uma cortina, a cena é cortada e mostram o Chico e a Sofia andando num belo campo de flores.

O momento que eles passaram juntos foi tão fofo e pacífico, como se tudo estivesse muito bem. Então começa a parte triste. Finalmente Sofia se lembra de tudo, de onde veio, como foi encontrar o Chico.

Depois veio aquela confusão, do carro aparecendo do nada e tirando o Chico dali enquanto uma horda de infectados passava pela Sofia sem nem olhar para ela. Esta cena também foi muito bonita porque ela sorria para ele, pois já sabia de tudo e acreditava que aquilo ia ter um final feliz.

Eu tive que reler esta parte mais de uma vez porque a seqüência de eventos foi bem rápida, quase frenética. Num segundo Chico estava no campo de flores, em outro dentro de um avião. O corte foi incrível, tipo uma montanha russa emocional. Momento de cala numa página, tensão nas páginas seguintes.

Outra coisa de que gostei na história é a forma como o mistério foi sendo revelado aos poucos, partes por vez. A última parte que faltava foi revelada quando Chico chegou ao laboratório e pode falar com o doutor, que já imaginávamos ser o pai de Sofia.

Um leitor do blog sugeriu que Sofia poderia estar em coma e a menina que estava andando com o Chico era o espírito dela. Sabe... na hora eu nem acreditei muito, mas não é que acertou? Eu falei sobre isto neste post:

Pois é. O mistério foi revelado e realmente surpreendeu. Eu achava que ela também tinha morrido infectada junto com a mãe e que talvez houvesse um irmão mais novo no laboratório tentando se recuperar. Algo assim. È que a criança do desenho realmente não ficou parecida com ela, por isso me confundi.

Também gostei do choque entre o Chico e o doutor, muito cético e acostumado apenas com o que podia ver e comprovar, por isso ele não acreditou quando o Chico falou que esteve com a filha dele, mas aos poucos suas crenças foram desmontadas e ele teve que enxergar a realidade. Ainda mais depois que o Chico tinha falado para ele lhe ver como era realmente.

A partir daí foi tudo tranqüilo. O médico examinou o sangue do Chico, encontrou a cura, salvou os infectados esguichando remédio neles (essa parte é que ficou meio exagerada para mim, mas entendo que foi necessária) e tudo terminou bem. Ou quase bem.

A parte triste é quando Sofia morre. É a primeira vez que isso acontece na CBM e achei bem triste mesmo. Triste, porém necessário. O Chico sempre acha que pode salvar a todos e desta vez precisou aceitar que algumas coisas são inevitáveis, como a Rosinha disse. O apoio dela foi bem tocante, achei lindo a postura tranqüila e madura naquele momento de aflição dele. Pelo menos ele pode encontrar um pouco de paz quando viu Sofia no campo de flores com a mãe dela. Está provado que o Chico tem mesmo sensibilidade para ver essas coisas. Nem deveria ficar surpresa, já que ele vê seres do outro mundo desde criança. A Rosinha também via, mas pode ter perdido essa capacidade a medida que foi crescendo.

Então começa o mistério quando uma limusine passa perto dele e vemos alguém familiar dentro dela: aquele careca malvadão da ed. 23.

Sabe, quando li a ed. 23 não tinha dado muita coisa por ela porque não sabia que era o começo do que pode ser a mega-saga da CBM. Gente, já pensou que legal? Temos a grande saga de sombras do passado na TMJ e agora temos essa na CBM! Se for, eu adorei a idéia.

Um mestre trevas que tudo vê (será por isso o olho?), sete príncipes decaídos, o careca malvado que agora quer ser chamado de Escuridão... e ainda temos o sangue do Chico incrementado com cinco elementos que dá um poder misterioso e muito mais! Agora assim fiquei ansiosa para saber como vai ser o resto da história!

Bom, muita gente deve ter associado esses sete príncipes decaídos com os filhos de umbra, mas acho que não tem nada a ver porque são sagas diferentes. A não ser que o Emerson tenha concordado em misturar parte da saga dele com a CBM. Afinal, o Chico apareceu na história dos herdeiros da Terra, então existe uma chancezinha de a Serpente ser o tal mestre chamado de treva. Claro que é só uma hipótese, gente.

O mais provável é que as sagas sejam separadas, cada uma com seu próprio “mestre das trevas malvadão que quer destruir o mundo”, personagens, desenvolvimento, etc. Mas não vou negar que seria bem interessante se esses dois caminhos se encontrassem. Talvez o mestre trevoso seja algum primo da serpente (brincadeira). Vamos ver como isso vai ficar no futuro. Só esperando para saber, certo?

Bem... essa foi minha crítica. Agora vamos esperar a próxima ed. que parece ser sobre um clone que está zanzando pela faculdade e sendo confundido com o Chico. Um clone que faz trabalhos escolares? Queria ter tido um desses nos tempos da faculdade...

Pelo menos não parece um clone maligno, o que de certa forma é uma pena. Embora meio clichê, seria divertido ter um Chico malvado andando por aí e fazendo confusão para o lado do Chico bonzinho.

Uma coisa que me ocorreu foi que essa história podia ser uma adaptação do príncipe e o mendigo e que talvez o sósia do Chico podia ser um riquinho cansado de ser rico tentando experimentar a vida de pobre ralando todo dia para viver, mas mudei de idéia quando esse clone do Chico entregou um trabalho da faculdade no nome dele. Quem seria esse outro Chico?

Lembram do primeiro crossover do Chico com a turma? Eles viajaram no tempo e o Chico viu a versão dele do passado. Será que ficaram dois Chicos no mesmo tempo e um deles ainda não tinha ido embora? Se sim, por que eles ainda não se encontraram? Onde ficou esse outro Chico durante todo esse tempo? Ou será que ambos estão levando existências paralelas, tipo convivendo no mesmo espaço, mas de forma alternada sem que um visse o outro?

Ou então pode ser algum espírito amigo querendo ajudá-lo a não ficar tão sobrecarregado. É outra hipótese também. De repente, tem algo a ver com o lobo guará que o guarda e protege desde a ed. 23, ou então algum outro fantasma ou entidade que resolveu ajudá-lo como retribuição por alguma gentileza do passado. Esse fantasma, entidade, figura mitológica, whatever pode ter assumido a forma dele para ajudá-lo em suas tarefas.

Bem, vamos esperar para ver, certo?

Aqui termina minha crítica que ficou enorme para uma ed. da CBM! Obrigado por terem acompanhado até aqui. Eu refiz aquelas imagens do Chico correndo pelo campo de flores com a Sofia sendo observados pelo lobo-guará e transformei em quebra-cabeça. Espero que gostem!



E quem quiser ouvir outra crítica da história, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

TMJ#88: Somos todos nerds - palpites

18:09 18 Comentários


Meldels, finalmente saiu a capa da ed. 88! Tá bom, antes tarde do que nunca. Pelo menos a capa ficou bonita, bem colorida, vários elementos interessantes e o fundo ficou bem diversificado, sendo que os fundos antigamente eram bem ruinzinhos e algumas vezes até brancos. Acho que foi um dos fundos mais bonitos que fizeram.

O traço dos personagens também ficou bem diferente, especialmente o da Mônica. Acho que tentaram deixar um pouco mais para o mangá, o que é bom.  

Quanto a história, acho que vai ser do tipo “entendedores entenderão”, com muitas referencias a mangás, filmes, etc. que eu certamente não vou pegar de primeira (nem na sétima). Aliás, sou um pouco ruim para perceber detalhes e referências.

Eles irão para a Comic Con, o que me deu certa invejinha porque eu sempre quis ir. O que vai acontecer lá? Nem faço idéia! Vão combater algum vilão maluco? Será uma aventura com um elemento fantástico/sci-fi/sobrenatural ou será algo mais do dia a dia? O título diz “somos todos nerds” e com isso penso que a história vai tratar de como cada um gosta, em maior e menor grau, dessas nerdices de jogos, filmes, desenhos, whatever.

Pode ser que os problemas que a turma vai enfrentar seja com o pessoal mais “ortodoxo” da CC, que talvez não aceitem pessoas que estejam abaixo de determinado grau de nerdice. Então caberá a turma ensinar um pouco mais de tolerância e respeito, mostrar que todos podem ser bom apreciadores do mundo nerd mesmo com suas diferenças e formas de expressar.

O Cascão e o Cebola certamente devem estar bem empolgados. Mônica e Magali eu não sei, porque elas nunca foram muito dessas coisas. Pode ser que elas acabem enfrentando mais discriminação que os rapazes, já que nesse meio as mulheres são muito discriminadas apesar de serem um público bem expressivo. Aliás, as mulheres têm reclamado bastante do machismo e desrespeito na CC. Os homens deste meio sempre acham que mulheres nunca sabem de nada e só estão ali para chamar a atenção. Isso sem falar das grosserias e até apalpadas. Sim, o machismo chega a ser nojento.

Não sei se vão tratar deste assunto na história, mas até que seria bem interessante. Se for história da Petra, acho que existe uma chance. Talvez este seja um dos propósitos do título “somos todos nerds”, para ensinar a não segregar e discriminar as pessoas por causa das diferenças.

Então, depois de muita confusão, treta, barraco e gritaria, o pessoal vai se entender e todos curtirão o resto da CC numa boa. Fim.

Sei, sei... não falei muita coisa. Acontece que não tenho assim muitos palpites para a história. Quer dizer, eles se reúnem para ir a CC, se fantasiam de alguma coisa (o gesso no braço da Mônica é fantasia ou ela quebrou mesmo?), pode ser que elas não se interessem muito no início, mas acabem indo. Ou pode ser que se interessem logo de cara e os rapazes ficam céticos achando que isso não é “coisa de garota”. Não sei.

Bom, pelo visto o DC continua de molho no hospital e acho que vão deixá-lo assim por um tempo para que a turma possa ter suas aventuras no estilo turma clássica. Será que o Cebola vai continuar investindo na Mônica ou vai gastar o tempo babando pelas garotas bonitinhas da CC? Só espero que ele não haja como um babaca. Só porque a garota está fantasiada, não quer dizer que os homens tenham direito de apalpar e agarrar. Coisa mais triste ter que ficar explicando isso, viu... mas enfim...

Eles vão ver muita gente fantasiada, várias e várias referências para todos os lados e se a história for da Petra, quase certeza que vão encaixar o Doctor Who em algum lugar. Talvez a Agente Carter. Vamos ver como eles irão reagir diante de tanta gente fantasiada.

Bem... confesso que não estou assim muito empolgada com a história, mas vamos esperar para ver. Já aconteceu de eu não esperar muita coisa e acabar me surpreendendo.

Eu estava esperando a capa sair para fazer a capa do meu blog, já que o objetivo inicial era fazer os quatro com as cores certas. Mas aí eu lembrei que natal é mês que vem e fiz algumas alterações que ficaram assim meio toscas, mas encaixam um pouco mais no tema de natal. Tem png quebra cabeça.

Sei que ainda estou devendo a critica da CBM, mas confesso que me deu assim um travamento na hora de escrever apesar de ter gostado muito da história. Vamos ver se amanhã sai. 




Para mais palpites, confira o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Sugestão de leitura - Sóis de pólvora negra

19:24 6 Comentários


E aí, gente? A Élis Mariângela, leitora do meu blog, publicou um livro recentemente. Legal, né? A capa foi feita por ela mesma. A história começou como uma fanfic da TMJ, mas com o tempo os personagens foram mudando, amadurecendo e agora são criação totalmente dela. Mas é bom saber que alguém criou e publicou um livro que tenha começado com uma fanfic da TMJ. Aliás, ela é a primeira! Mas é assim que começa. A gente vai escrevendo, criando fanfics até começar uma história solo que um dia acaba sendo publicada.

O trabalho dela foi longo, levou tempo, mas valeu a pena. O livro está publicado e pode ser encontrado aqui: Sóis de pólvora negra: gelo - Sóis de pólvora negra: gelo

E aqui vai a sinopse do livro:

Dois mundos. Dois reinos. Dois povos: uma guerra.

Antes dos humanos, duas culturas distintas ergueram-se no sistema solar, e, em busca do mesmo precioso bem, lutaram o mais sangrento e longo combate que o sol já presenciara: a guerra pela água.

Congelado, esse precioso bem repousava em um planeta especial, que se tornaria o campo de batalha da luta dos dois povos, porém esse mundo não presenciaria só o sangue derramado das nações, mas também uma paixão proibida que surgiria entre duas pessoas de seus povos inimigos.

Sob um sol dourado extasiante, um pacífico firmamento azul e um horizonte deserto de gelo, Soleth, a princesa dos olhos estrelados, descobriu a liberdade e viveu os mais aterrorizantes e encantadores dias da sua vida, enquanto o pano de fundo da guerra se descortinava ao seu redor e a conduzia para o destino inevitável que lhe determinaram as estrelas.


Tem tudo para ser uma ótima leitura, não tem? Então não deixem de conferir. Vamos incentivar o talento nacional! 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

TMJ#87: Emergência médica - Críticas

19:53 81 Comentários

E aí? Quem já leu a TMJ 87? Pois é. Foi uma história bem... interessante. Quer dizer, não foi algo que eu amei de paixão, mas também não odiei. Teve umas coisas legais, outras previsíveis, algumas me saíram forçadas... mas vá lá.

A história começa meio parecida com a ed. 55 – meu futuro, onde os alunos são levados a pensarem no que querem fazer um dia. Só que dessa vez o Licurgo mandou cada um listar o que é mais importante e seu computador “ultra-potente-de-última-geração” definiu para onde cada um deveria ir: para o hospital da cidade. Tudo a ver com todos eles, né?

Sei lá, confesso que achei um tanto forçado. Quer dizer, a Mônica até que conseguiu dizer onde as aptidões de cada um (exceto o Cebola) se encaixariam na medicina, mas ainda assim não acho que seja o sonho do Cascão e da Magali seguirem essa carreira.

Magali quer que todos comam melhor, não só os pacientes dos hospitais. E Cascão gosta de praticar esportes, colocar a mão na massa. Não faz parte do jeito dele ficar parado e só dando suporte aos outros atletas. Já a Mônica tem mais perfil para ser médica ou cirurgiã por causa do seu desejo de ajudar as pessoas. Aí sim encaixa bem no perfil dela.

Só faltou ela dizer onde o Cebola encaixava naquilo tudo, mas pelo visto ele pareceu não importar por causa da sua arrogância de achar que só os sonhos dele são grandiosos enquanto os dos outros são medíocres. Sério, achei isso uma total falta de respeito. Não cabe a nós julgar qual é o tamanho e a importância dos sonhos das pessoas. Acho que qualquer dia desses, alguém devia dar nele uma pequena lição de respeito e humildade.

Ah, não podemos esquecer da garota bonitinha de cabelo rosa que o fez, magicamente, passar a adorar estar no hospital e se interessar pela medicina: Nadine. Acho que foi essa a parte que todos esperavam, a hora em que ela ia aparecer e deixar a Mônica se mordendo de ciúme. Só que muita gente deve ter decepcionado quando a Mônica não se descabelou, gritou, chorou, babou e nem rolou no chão. Pois, gente, não se pode ter tudo.

Mas numa coisa a Mônica tem razão: o Cebola não pode mesmo ver mulher. Credo, parece o Titi! Foi só aparecer uma garota bonitinha para ele ficar todo babão! Calma lá, eu não estou achando ruim dele xavecar outra garota porque agora ele não deve satisfação a mais ninguém. Apenas fica a reflexão: se o rolo entre os dois ainda estivesse de pé, o que iria acontecer nessa história? A mesma coisa. O Cebola ia ficar babando pela garota, querendo se mostrar e a Mônica ia sofrer, morrer de ciúme, etc. mas no final acabaria perdoando a mancada dele.

Isso sem falar que ele ainda poderia criticá-la, jogar os defeitos na cara dela e fazer comparações com a Nadine. Só que nada disso aconteceu, ainda bem. Então posso dizer que eu nunca fiquei tão feliz por ela ter desencanado do Cebola quanto ao ler essa história. Sério, foi um alívio muito grande não ter o mesmo mimimi-dramalhão-ridículo-de-novela-mexicana novamente. Até o ar ficou mais leve ao meu redor.

Voltando a história, nós também tivemos a participação daquele médico rabugento paródia do Dr. House. Uma confissão: nunca assisti um único episódio do Dr. House na vida, então não posso falar muita coisa dessa paródia. Mas pelo que me lembro dos comerciais, acho que ficou bem parecido. O cara é chato, mala sem alça e com grande problema em falar com as pessoas. Um médico do qual eu iria querer distância. Se bem que eu quero distância de qualquer médico, mas isso é outra história. A turma logo achou ruim, só Nadine ficou feliz por encarar o chato rabugento.

Apesar de tudo, não tenho assim muita coisa para falar a respeito da história. Só que algumas situações ficaram bem forçadas. A maior delas foi o tal robô super realista que parecia mesmo ter tripas humanas. Quando Nadine falou que o sangue dele poderia até ser usado em transfusões, a primeira coisa que eu pensei foi: “mas por que não usaram um robô desses para conseguir o sangue que o DC precisava”? Aliás, se eles são capazes de fabricar sangue artificial que pode ser usado em humanos, por que não fizeram um bom estoque de tipos raros que podiam ser usados no DC?

Sei, sei, as duas histórias foram feitas por roteiristas diferentes, mas acho que deveria ter ao menos um pouco de coerência entre as edições, uma costura entre elas, entendem? Outra coisa que eu estranhei bastante foi a Mônica ter ficado um tempão no hospital e não ter dado nem uma passadinha no quarto do DC. Tipo assim, será que ele já recebeu alta? Creio que não, caso contrário teria aparecido na sala de aula junto com os outros.

Voltando ao robô, confesso que também achei forçado o hiper-realismo dele, tão real a ponto de simular todas as funções humanas e até desenvolver anticorpos. Mas tudo bem, é uma HQ, então exageros podem ser permitidos.

O Cebola xavecando a Nadine foi clichê e previsível. Claro, ele sempre irá atrás da garota bonitinha. Vou ser sincera: confesso que parte de mim shipou ele com a Sarah. Sim, sei que é doideira, mas imaginei que um dia podia rolar algo entre eles, por que não? Mas acho que o Cebola jamais iria se apaixonar por uma garota fora dos padrões (gordinha, gótica, cabelos azuis e ainda com cicatrizes de queimadura). Alguém como ele, que olha a aparência física antes de tudo, só poderá se sentir atraído por garotas dentro dos padrões. Que pena... Se bem que essa história é do Cassaro, não sabemos se ele tem autonomia para arrumar outra namorada para o Cebola.

Nós sabemos que só a Petra pode mexer no casal Mônica e DC, mas não sabemos se o mesmo se aplica ao Cebola, já que ele faz parte do drama.

O que eu achei da Nadine? Bem... uma personagem plana, um tanto perfeitinha, sei lá. Nada que realmente chamasse a atenção. Parece boa pessoa, que já tem um sonho definido e é apaixonada por ele. É inteligente, já sabe bastante coisa e adora desafios, o que acabou atraindo o Cebola (em segundo lugar depois da aparência). Mas tipo assim... Não foi uma personagem que realmente me intrigou como aconteceu com a Diana.

E também existe a chance de ela nunca mais aparecer no futuro, de ter sido somente aquela personagem que aparece numa única edição para nunca mais voltar. Se bem que o final foi promissor, então quem sabe dessa vez o Cebola desencalha? Pelo menos a garota é humana, então já é um grande avanço.

A história foi bem educativa. Talvez um pouco demais, porque achei que tinha muita informação e pouca ação. E situações bastante inverossímeis como bactéria malucas surgindo do nada e infectando o hospital inteiro em poucos minutos. E mais inverossímil ainda foi um grupo de jovens inexperientes operando um robô-humano para salvar o hospital da bactéria.

Sei lá, um tanto forçado para mim toda aquela cena deles operando o robô para conseguir o sangue dele. Eles não tinham nenhuma experiência e mesmo assim se saíram muito bem, especialmente a Mônica. Eu nunca pensei que ela tivesse uma mão tão firme e ao mesmo tempo delicada capaz de fazer uma cirurgia com tanta precisão sem tremer um milímetro. Sabe, acho que ela daria uma ótima cirurgiã!

Apesar de tudo, confesso que gostei da parte em que o robô ficou doido e começou a soltar tripa e sangue para todo lado. Isso sim foi bem legal, pena que durou pouco. Até falar a criatura falou! Bem sinistro, na verdade. Algo assim poderia até começar a pensar, se tornar mais humano, raciocinar... isso, claro, se ele tiver algo que simule um cérebro.

Outra coisa que estranhei foi o sangue do robô ter sido capaz de curar as pessoas apenas pelo contato com a pele. Mas tranquilo, acho que não teria sido adequado o Cebola aplicar injeção.

Pelo menos tudo terminou (facilmente) bem. A praga foi erradicada, todo mundo foi curado, o Cebola ganhou uma paquera nova e talvez um novo sonho: medicina.

No início, quando vi o Cebola se mostrando tão interessado na medicina, eu logo estranhei bastante e achei muito forçado. Quer dizer, ele decidiu que gosta da área só porque uma garota bonitinha falou algumas coisas? Desafios ele pode ter em qualquer lugar, por que especificamente na área da medicina?
Poréeemmmm... eu me lembrei da ed. 48, a dos zumbots. O que isso tem a ver? Lembram do que o Cebola do futuro criou nessa edição? Os NANITAS. E o que os NANITAS fazem? Curam as pessoas de diversas doenças, algumas consideradas incuráveis. Na época eu estranhei um pouco ele ter criado um produto que atendia a área médica, mas agora isso está fazendo bastante sentido.

Se ele por acaso estudar medicina e se formar, poderá unir esse conhecimento a área de tecnologia e criar os tais NANITAS. Se vai ou não detonar a humanidade é outra história e não vem ao caso. Bem, claro que não sabemos se ele vai continuar interessado em medicina, mas pelo menos tivemos uma costurinha bem pequenininha entre as Ed. 48 e 87. Talvez fique só nisso mesmo, vamos ver o que vem pela frente.

Essa foi minha crítica. No geral gostei da história, mas não foi algo que realmente me empolgou. A atuação do médico rabugento avesso a contato humano foi boa, gostei de ver os quatro trabalhando em equipe, da força que a Mônica deu ao Cebola nos seus momentos de dúvida e, principalmente, no fato de ela vê-lo xavecar a Nadine e não se descabelar de ciúme. Nessa história eles eram apenas amigos, não rolou nenhum clima e o Cebola pareceu ter desencanado, só não sei se é definitivo porque, como falei antes, o roteirista é diferente. Mas espero que continue assim.

Sei que um dia os dois vão voltar, mas acho que por enquanto é melhor que sigam como amigos sem nada de mais no meio. Se querem mesmo que os fãs aceitem a separação deles, o ideal é não criar muitas situações onde pareça ter sentimentos entre os dois ou ninguém nunca vai levar isso a sério.

Essa foi a crítica do mês. Confiram também as críticas do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Nostalgia: Ed. 39 - Histórias de Arrepiar

19:30 8 Comentários


Vocês devem ter notado que estou escrevendo uma fanfic chamada “Quer brincar comigo?” onde aparece a Magali vestida de Maricota. Eu parei no capítulo 9 e só falta a conclusão. Aí eu pensei... que tal comemorar o encerramento da fanfic com uma critica da ed. 39, que me inspirou a história? Pois é. Hora da nostalgia!

Para quem não lembra, nesta edição o pessoal vai a uma festa a fantasia no dia das bruxas. Enquanto espera a festa começar, eles contam histórias de terror. Só que algumas coisas vão meio que dar errado mais para o fim.

Bom, para começar essa edição é dos bons tempos da TMJ em se tratando de traço e desenho, quando era um pouco mais puxado para o mangá e não tinhamos esses traços exagerados que vemos em algumas revistas atualmente.

O começo é simples: eles se reunem para ir a uma festa e acabam entrando numa casa de aparência velha e sombria. Lá eles conhecem a Bianca, aparentemente a pessoa que estava cuidando da festa. Os traços da bianca sempre me chamaram a atenção por causa dos olhos dela, que são bem parecidos com o estilo mangá e eu adorei os cabelos dela. E, claro, todos devem ter notado uma referência a Samara.

E devem ter notado também que a Bianca já cresceu o olho no Cebola, para desespero da Mônica. Pois é, naquela época ainda parecia haver alguma esperança para esses dois.

Como eles não tinham nada para fazer até a festa começar, todos decidiram sentar para contar histórias de terror. A da Mônica foi a primeira, só que acabou saindo tipo uma sátira da saga crepúsculo que saiu até bem engraçada com o Cebola de vampiro e DC de lobisomem contrariado.

O que eu achei engraçado nessa história foi o drama que o Cebola fazia da sua condição de vampiro enquanto a Mônica achava tudo legal e engraçado, especialmente a parte do brilho (e quando uma velhinha deu na cabeça dele com o guarda-chuva). Todo mundo sempre faz piada com o tal brilho do Edward que no final parecia mais uma fada com hábitos estranhos do que um vampiro. Sério, eu nunca consegui engolir esse lance de vampiro brilhar sob a luz do sol.

Tudo na história da Mônica foi zoação com essa saga, mas houve uma pequena mudança no final que na época não chamou assim muita atenção, mas hoje vejo que faz sentido: a parte em que o Cebola-Edward a dispensa e ela sai correndo pela floresta. Depois ele muda de idéia e corre atrás, mas chega tarde demais porque o DC-Lobo já estava com ela nos braços.

Claro que ninguém ficou assustado com a história exceto o Cebola, né? Será que isso não foi um aviso do que ia acontecer no futuro? Vejam bem: na ed. 09 do principe perfeito a Mônica diz que quem não tem interesse, não pode se importar em ser substituido. Agora temos a ed. 39 onde o Cebola, por fazer muito fiofó doce, dispensa a Mônica e quando se arrepende ela já está com o DC. Intrigante, não?

Mas como a história dela não assustou ninguém, chegou a vez do Cascão tocar um pouco de terror com uma história meio bizarra sobre um gêmeo maligno gerado pela sujeira que ficou na água da banheira. Nojento!

Esse clone maligno mostrou ser o lado sombrio do Cascão. Não tinha respeito por ninguém, agredia, vandalizava e não respeitava nem os pais. Esse lance de gêmeo do mal é bem usado na literatura, filmes, séries, etc. então eu não sei de onde, especificamente, o roteirista tirou a idéia.

A história dele teve um tom ligeiramente mais sombrio que o da Mônica, mais dinamismo e ação também com o Cascão correndo contra o tempo para derrotar seu gêmeo sujo e não desaparecer. Uma história bem a cara dele, com esse lance de ficção científica meio nerd.

No fim, ele se livrou do Cascão maligno graças a Cascuda, que o derrotou com água. Mas ficou a reviravolta no final: será que o Cascão que sobreviveu era mesmo o original ou a cópia maligna? A cara de mau dele deixou bastante dúvidas. Pode ter sido ele apenas tripudiando sobre o clone maligno que desapareceu, tipo cantando vitória. Ou então a personalidade do clone voltou para ele, que agora ficou com um lado bom e um ruim e no fim da história foi esse lado mau que falou. Ou então... são mil coisas, certo?

E agora temos a história da Magali, que me inspirou a escrever minha fanfic. A história aparentemente é simples, sobre uma menina que adorava sua boneca e estava sempre brincando com ela. Mas essa menina cresceu, foi esquecendo sua boneca e a lagou no fundo do armário. Então a boneca ganhou vida e voltou para se vingar. O de sempre. 

Essa foi minha história preferida, tanto que também tinha criado uma one-shot (dentro do armário) que foi tipo o começo e agora quer brincar comigo? Que foi a conclusão, onde eu dou minha própria versão de qual seria a verdadeira origem da Maricota. Foi uma história bem legal e com final triste.

Eu criei essa fanfic porque tinha reparado duas coisas nessa história:

1 – A fantasia da Magali é bem parecida com a da Maricota, com poucas diferenças. Talvez fosse uma forma de homenagear sua antiga boneca.

2 – Ao terminar de contar a história, Magali parecia realmente pesarosa e triste, como se ainda sentisse algum remorso pelo que tinha acontecido. Se era só uma história, por que ficar tão triste com o lance de “amigos que brigam, se magoam e nunca mais tem a chance de fazer as pazes”?

Claro que é apenas uma teoria, de repente não tem nada a ver e foi só uma história mesmo. Nós sabemos com a Magali é meio sentimental.

 Por fim, temos a história do Cebola que fechou o círculo de histórias e preparou para o terror que estava por vir. A história vocês já conhecem.

O que eu achei legal nessa história foi que os personagens estavm com a cara dos garotos da turma atual. Mas como sou muito distraída, acabei nem notando que a garota da história era a cara da Bianca. Vocês sabem, eu presto mais atenção ao texto do que nas imagens.

Por uma estranha coincidência inexplicável, o cafageste caloteiro tinha a cara do Toni. Nada a ver, né?

Uma pequena crítica a essa história são as roupas da bianca quando ela aparece dentro de casa sendo servida pelos criados. Se a história se passou a mais de cem anos (talvez final do seculo 19), então as roupas da Bianca não estavam corretas. Aliás, nem sei se aquele vestido grande também estava correto, mas enfim... as roupas da criada também não estavam corretas. Mulher nenhuma andaria com as pernas de fora no final do sec. 19.

Agora sabemos que essa história conta a origem da Bianca e que a roupa rasgada dela atualmente era o vestido de noiva que ela usava e se transformou em trapos. Que para que tudo ficasse ainda mais sinistro, ela cismou que o Cebola era seu amado e deu inicio a confusão onde ela quase sugou a vida dele.


Essa história pertence ao tempo em que o Cebola não era totalmente um zé ruela vacilão. Tanto que quando ele estava quase morrendo, pediu desculpas a Mônica por não ter conseguido derrotá-la e falou que a amava. Posso até estar enganada, mas se não me falha a memória essa foi a última vez que ele disse que a amava.

E foi exatamente por falar isso que Bianca resolveu mandá-lo embora junto com todo mundo. A cena dela na forma fantasma expulsando a todos foi de grande impacto, bem assustadora mesmo. Tanto que até virou capa do meu blog no mês de outubro e tem png dela na galeria.

A história foi boa. Eu não diria épica, mas gostei bastante. Tanto que até criei, tempos atrás, uma fanfic chamada Possessão que seria tipo a continuação dessa história.

Os personagens foram bem desenhados, gostei dos traços, pareciam ter mais detalhes e ao mesmo tempo mais puxados para o mangá. Gostei especialmente dos desenhos da Denise e da Marina no final da história. Ficaram lindos e bem feitos. O desenvolvimento foi bom e as cenas de ciúme da Mônica também foram engraçadas sem serem exageradas e partir para a briga.

Uma coisa que eu não entendi foi por que na ed. 69 o Cascão falou que o Cebola tinha xavecado a Bianca, sendo que nada disso aconteceu. Justiça seja feita: ela deu de cima dele sim, jogou charme, olhares e sorrisos, mas em momento algum ele correspondeu. Tanto que a Mônica nem brigou com ele. A hostilidade dela foi dirigida a Bianca, não ao Cebola.

Bom, essa foi minha crítica nostálgica. Ela demorou um pouco a sair porque eu estava refazendo o desenho da Bianca com aquele vestido, que eu sempre achei bonito e queria fazer a bastante tempo. Também fiz outras versões com a Mônica e a Magali. Tem png e quebra-cabeça.


Agora, sem mais delongas, o final da fanfic “quer brincar comigo?” - Descanse em paz, finalmente.

E não deixem de conferir a crítica do Canal Opiniao Turma da Mônica Jovem: